sexta-feira, 5 de agosto de 2011

SÁBADO

Acordei cedo, morrendo de fome, logo veio o café da manhã.  Estava com medicação em uma veio e no outro braço outra veia com seringa, mas sem medicação, os braços estavam tudo roxo, é muito difícil pegar veia em mim e logo elas estouram, então fica aquela beleza, tudo roxo. Estava também com sonda urinária. As enfermeiras vieram trocar a roupa de cama e me ajudar a levantar para tomar banho, não queria levantar pois estava fraca e os pontos doendo um pouco. Elas quiseram por todo custo que eu levantasse, comecei a falar alto que não iria e falar que meus pontos estavam doendo, foi horrível, então elas me deixaram em paz. Elas são uns amores por aguentar tantas coisas e ainda tratam a gente bem. A senhora que ainda estava comigo no quarto perguntou como tinha sido a cirurgia e eu respondi que só sabia que tinham mesmo tirado todo o aparelho reprodutor.
Logo veio uma médica que participou da cirurgia, também muito nova. Me falou que a cirurgia tinha sido complicada e demorada, que tinham feito uma tranfusão de sangue, pois eu tinha perdido muito sangue, e era provável que tivesse com um pouco de anemia. Tinha sido retirado todo o aparelho reprodutor, o tumor era mesmo maligno e que depois eu iria ter que fazer quimioterapia, tudo o que eu não queria. Eles iriam acbar de estudar o tumor para ver qual era, mas que seria preciso fazer no mínimo seis sessões de quimio. Mas o resto estava tudo bem, ela já tirou a sonda nessa hora e que eu poderia comer e andar normal. E se tudo corresse bem durante o dia no outro dia teria alta. Logo após o almoço consegui tomar banho, mas quase desmaiei no chuveiro, pela fraqueza que ainda estava, não conseguia andar sozinha.
Não queria fazer quimio pois vi nos dias anteirores a cirurgia muitas mulheres carecas, usando lenço ou peruca e sabia que era porque estavam fazendo quimio, ams cada um é cada um e às vezes, poderia ser que eu não ficasse careca. E já que não tinha como remediar, remediado estava.
À tarde na visita vieram meu marido, teimoso, de muleta. Uma sobrinha, e as duas cunhadas "sensíveis", a 1ª entrou e quase desmaiou quando me viu, pois eu estava muito pálida, a 2ª já entrou um pouco melhor e não assustou tanto, depois veio o meu marido, perguntou como eu estava e se já tinha passado algum médico. Respondi que sim e contei o que a médica tinha me falado ele me informou que já sabia, pois o Dr. Gustavo tinha conversado com ele e minha prima-irmã após a cirurgia. Conversamos mais um pouco e ele desceu para que uma sobrinho subisse para me ajudar a andar, é bom andar, quando você pode, pois evita dar gases e ter cólica, e ajuda a melhorar mais rápido para ir embora, então eu queria andar bastante para ir embora logo.
Depois de jantar já me sentia mais forte então dava voltinhas pequenas pelo corredor.
Estava sozinha no quarto pois a senhora já tinha recebido alta, falou que na sexta choveu muito forte durante o dia e à noite também, não vi nada.
Passei a noite bem, sem dor alguma e dormi bem, mas tomei tanto remédio, era remédio para dor, para não dar gases, uma injeção que eles dão na altura do unbigo para não dar trombose, anticoagulante, e aí vai.

Nenhum comentário:

Postar um comentário