quarta-feira, 3 de agosto de 2011

INTERNAÇÃO

Levantamos na quarta cedo, pois como já falei teria que estar no HC às 7:30 hs. Por volta das 6:15 hs. minha prima-irmã passou em casa. Meu marido ficou muito chateado por não poder ir me levar ao hospital, mas confirmou que na sexta, dia da operação, estaria lá. Pedi para que não fosse por causa da cirurgia dele, mas quem segura?
Fomos conversando sobre diversos assuntos, evitamos mesmo falar sobre a cirurgia. Somente quando já estávamos no estacionamento do hospital, pedi a ela que se alguma coisa me acontecesse que ela cuidasse do meu pai para mim, e que era minha vontade que fizesse doação de órgãos. Também já tinha deixado, escondida, mas em um local que iria ser encontrada, uma carta de despedida para o meu marido, pedindo a doação e outras coisas mais pessoais.
Logo fomos atendida pelo Dr. Gustavo, médico novo. Olhou os exames que eu tinha feito e explicou como seria a cirurgia: como ainda não sabia o que iriam encontrar explicou a possibilidade de eu ter que tomar a duas anestesias, a rac e a geral, que não tinha previsão do tempo de cirurgia e que teria de fazer a biopsia durante a cirurgia, que seria uma biopsia de congelamneto e que no máximo em quarenta minutos sairia o resultado, nisso minha prima-irmã perguntou o que estaria acontecendo comigo nesse perído, ele informou que enquanto aguardasse o resultado iria estar fazendo outros procedimentos. E que para realizar a cirurgia, seria mais ou menos como meu marido tinha falado, que iria retirar rodo o intestino colocar de lado e mexer no aparelho reprodutor. O meu marido já tinha me falado porque, é claro, ela estava com medo do que poderia acontecer, e eu estava toda animada. Ele falava que parecia que eu estava indo para uma festa, de tão animada que estava. Mas não é, acontece que eu queria que tudo acabasse logo e tinha certeza que tudo iria dar certo.
NIsso a minha prima-irmã olho bem para ele e perguntou se ele sabia muito bem o que iria estar fazendo. Ele entendeu a preocupação dela e respondeu que ele fazia uma média de três cirurgias dessa por semana. O professor que iria estar acompanhando a cirurgia também veio me ver e olhar os exames, adorei o professor, me deu uma grande paz e segurança.
Demorou um pouco para ser internada, pois estavam desocupando o leito. Fiquei no oitava andar, hoje não me recordo o quarto nem o leito. Antes de acabar todo o processo de internação já veio o meu almoço, sabe o que era? SOPA, não gosto muito, e ainda em pleno almoço, mas fazer o que. Fui informada que a partir daquela hora que iria comer só líquido até o dia da cirurgia, que delícia. Até a sopa era batida no liquidificador, mas tudo bem vamos lá.
Depois do "almoço" fui para o quarto, aí minha prima-irmã teria que ir embora, pois não poderia ter acompanhante, e o horário de visitas era só as duas da tarde. Foi a segunda parte mais difícil do dia. a 1ª quando me despedi do meu marido e a 2ª agora, mas essa foi mais difícil, pois ali que eu percebi que eu poderia ou não sair dali e que estaria "sozinha". Choramos um pouco, mas logo as outras mulheres que estavam internadas veio e nos animou. Ainda bem que pode ficar com o celular, pelo menos poderia ligar para saber notícias de fora.

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